A cromatografia, seja a cromatografia gasosa ou líquida, é uma técnica de separação de moléculas para subsequente análise. Entende-se que devido à alta especificidade de se expor um produto puro à detecção, obter-se-á um resultado melhor. Ao passo que a informação é verdadeira, temos sempre que nos perguntar: “é necessário?” ou “qual é o objetivo da análise?”.
Vamos exemplificar melhor a partir de um estudo de caso, especificamente açúcares.
Em um primeiro momento temos a mistura de alguns monossacarídeos e uma grande quantidade de sacarose, sendo o objetivo principal a produção de um xarope de “açúcar invertido” em pequena escala para fins de pesquisa.
Neste caso, apesar da possibilidade de estudo por cromatografia, pode-se realizar um teste mais simples utilizando um espectrofotômetro e uma mistura de reagentes a base de DNS (ácido 3,5-dinitrosalicílico), detectando a quantidade de açúcares redutores (frutose e glicose, oriundas da quebra da molécula de sacarose) formada.
Em um outro processo produtivo, podemos trazer a situação das empresas sucroenergéticas. Aqui é importante que se obtenha respostas rápidas, sem uso de reagentes, sem riscos de interferências em sinais e com alta sensibilidade. Sendo assim, o emprego da cromatografia traz flexibilidade ao processo, uma vez que um mesmo cromatograma é capaz de proporcionar mais de uma informação (açúcares totais, açúcares redutores, concentração de sacarose) e sensibilidade, desde que estudada com a técnica apropriada.
Em conclusão, a técnica de cromatografia nem sempre é necessária, porém é uma ótima ferramenta para análises de substâncias de estruturas similares, busca de por sinais de maior sensibilidade ou comprovação/garantia de pureza de um analito.